quinta-feira, 2 de junho de 2016

Briggida Lourenço, 28

Raquel Stanick
Série: Mortalha
Título: Briggida Lourenço, 28
Esferográfica s/ Kraft
20x20
2016 




"Na primeira audiência de instrução do processo que investiga a morte da professora Briggida Lourenço, ocorrido há 10 meses, o fotógrafo e ex-companheiro da vítima, Gilberto Lyra Stuckert Neto, na frente da juíza Ana Flávia de Carvalho, que presidiu a sessão, confirmou que, durante uma luta corporal, teria asfixiado e matado a mulher. O fato teria acontecido no apartamento da professora no momento em que discutiam e partiram para agressão física. Ele ainda alegou que ficou desorientado, não lembrava o que teria acontecido em seguida e só recorda que voltou a consciência ao chegar à praia de Coqueirinho, no Conde, Litoral Sul paraibano. A audiência foi realizada ontem, no 1º Tribunal do Júri, em João Pessoa. Na ocasião, foram tomados os depoimentos do fotógrafo Gilberto Lyra Stuckert Neto, único suspeito de ter cometido o crime, além de 16 testemunhas, entre acusação e defesa. A audiência foi o primeiro momento, após o assassinato, em que a mãe da vítima, Roselma Azevedo, esteve frente a frente com o homem acusado de assassinar por asfixia sua filha. Ao relatar os fatos, ela se emocionou e optou por não prestar depoimento na presença do acusado, que foi retirado da sala por determinação da juíza Ana Flávia de Carvalho Dias. Em depoimento, a mãe de Briggida Lourenço revelou que no dia do crime recebeu um telefonema do acusado, informando que havia feito uma 'besteira' e dois telefonemas da irmã do réu, pedindo que a mulher levasse o Samu até o apartamento de Briggida. Aproximadamente cinco dias antes do crime ter ocorrido, em um almoço, Roselma Azevedo pediu que Gilberto Stuckert não fizesse nenhum mal a sua filha. “Ele tinha um bom comportamento, mas se desequilibrou com o fim do relacionamento”, disse Roselma Azevedo. Preocupada com a segurança da filha, ela havia pedido que Briggida deixasse o apartamento onde morava e voltasse para a casa dela. “Eu dizia para minha filha que um homem apaixonado é capaz de tudo e recomendei: Tenha cuidado”, afirmou Roselma Azevedo, ressaltando que, após o crime, foi informada que Gilberto Stuckert observava a rotina da vítima e chegou a persegui-la na universidade. Prestaram depoimento ainda o ex-marido da vítima, Sérgio Ricardo Ferreira, um primo da professora, Flávio Azevedo, e a vizinha que acionou a Polícia Militar no dia do crime, Ana Andrea. Esta última recebeu no dia do crime, a possível última ligação telefônica feita por Briggida, por volta das 9h15. “Ela me ligou e perguntou se eu estava em casa e disse: Gilberto tá vindo aqui pegar as mesas de computador. Fica atenta”, disse Ana Andrea. A testemunha ainda afirmou que Briggida Lourenço evitava ficar sozinha com o acusado em qualquer local. Segundo Ana Andrea, o fotógrafo chegava a realizar até 20 chamadas telefônicas diariamente para o telefone de Briggida, na tentativa de reatar o relacionamento que havia terminado desde o mês de abril. Apesar disso, não foram relatados casos de violência física ou ameças feita por Gilberto Stuckert à professora."

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