quarta-feira, 15 de junho de 2016

Beatriz Angélica Mota, 7

Raquel Stanick
Série: Mortalha
Título: Beatriz Angélica Mota, 7
Esferográfica s/ Kraft
20x20
2016                                                                                                                                                                    

"A menina Beatriz Angélica Mota não foi assassinada na sala onde foi encontrada. No local, desativado, era guardado material esportivo da Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. A menina, que tinha sete anos, estava na escola, na companhia do pai, o professor de inglês Sandro Romildo, que leciona na escola, e também da mãe, Lúcia Mota, em uma solenidade de formatura. A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira pelo delegado Marceone Ferreira Jacinto durante entrevista coletiva concedida no auditório da Delegacia Seccional de Petrolina, no sertão de Pernambuco. Também participou da coletiva o perito do Instituto de Criminalística (IC) Gilmário Lima. Beatriz foi morta a facadas no dia 10 de dezembro do ano passado. Enquanto as pessoas participavam da festa, a criança desapareceu. O pai chegou a subir ao palco, montado na quadra, para pedir ajuda das pessoas para localizar a filha. A arma usada no crime, uma faca tipo peixeira, foi deixada no corpo da criança. Em dezembro, a delegada Sara Machado, da Delegacia de Homicídios de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, falou sobre as investigações e disse que informações preliminares da perícia apontavam que a criança foi morta no mesmo local onde foi encontrada. "O Instituto de Criminalística (IC) fez um levantamento no local para identificar estruturas físicas que possam ter impressões digitais, restos de pele ou fios de cabelos”, disse, acrescentando que a garota não foi abusada sexualmente. “Não houve violência sexual, nem tentativa. A garota estava vestida. Por conta disso, a intenção específica era de matar”, afirmou Sara, acrescentando que “nenhuma motivação nessa intenção de matar pode ser descartada.” Nos dia 10 de março e 11 de fevereiro, data em que Beatriz completaria oito anos, familiares e amigos da vítima realizaram protestos em Petrolina e em Juazeiro, respectivamente. Vestindo camisas brancas com a foto da vítima, com velas, cartazes e balões brancos, os manifestantes cobraram agilidade e fizeram uma homenagem à menina. Até o momento, ninguém foi preso. A polícia divulgou imagens da vítima momentos antes do crime. cadas. No vídeo é possível ver Beatriz com a mãe na arquibancada da quadra do colégio e depois se afastando sozinha do local. As imagens também mostram amigos e familiares procurando pela a menina na escola. A Polícia Civil também divulgou o retrato falado do principal suspeito do assassinato. A imagem foi elaborada a partir de relatos de testemunhas, que se referiram ao comportamento suspeito de uma pessoa. Ao todo, 80 pessoas foram ouvidas pela polícia. Em depoimento, convidados da solenidade onde o crime aconteceu mencionam a presença de um “estranho”, que teria sido visto no banheiro feminino com duas crianças. Cerca de 2,5 mil pessoas estavam no evento. A grande quantidade de convidados circulando no local é um dos fatores que dificulta a investigação. Imagens feitas nos celulares e do fotógrafo que estava trabalhando na festa estão sendo usadas no trabalho policial. A instituição de ensino não tinha camêras de monitoramento no local onde a menina foi encontrada morta. A escola só tinha câmeras na portaria, corredores e pátios. Apesar da divulgação do retrato falado, a Polícia Civil não descarta a participação de outros envolvidos no caso. A população pode ajudar nas investigações, repassando informações ao Disque-denúncia. Moradores do Recife e Região Metropolitana devem telefonar para o (81) 3421-9595. Para o interior do estado, o contato é (81) 3719-4545. As denúncias também podem ser feitas pelo site. A Polícia Civil oferece R$ 10 mil para quem prestar informações que ajudem a encontrar o assassino."

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